lá vai ela, a menininha nota dez da mamãe, a que não falta, a que não chora, a que não deseja o mal, a nobre vereadora do centro de são paulo, a que não entende adjetivos, a que não atende a porta, a que escreve mal, a que dança, canta e representa, a que pensa, que não conta, não presta e não desfaz, a que não entende é nada, mas é nada, que queria agora estar onde não conhece, com quem não conhece, fazendo exatamente o que não sabe, a primeira aluna, a diretora louca/lúcida, lá vai ela, confusa, sem rumo, de novo, sem a menor vontade de parar, solitária como um homem, desarmada, maquiada, penteada, pra nada.

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